quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Porteiro faz ex-mulher refém e atira em sogro

Inconformado com a separação, o porteiro Damião Targino da Silva, de 38 anos, fez a ex-mulher Maria Antônia de Brito, de 30 anos, refém e a manteve em cárcere privado durante cinco horas, na manhã de ontem, no bairro Mangabeira, em João Pessoa. Armado de revólver, ele obrigou a mulher a ficar com ele em um quarto da casa onde morava e só depois de negociações com a polícia entregou a arma e liberou a mulher. Os dois foram levados para a delegacia do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil na Secretaria de Segurança e Defesa Social. Durante as negociações a polícia isolou a área próxima da casa do porteiro e cerca de 150 metros da avenida Josefa Taveira ficaram interditados. Muitos curiosos e moradores passaram a acompanhar as negociações nas ruas de Mangabeira. Quase 60 policiais participaram da operação que teve início por volta das 9h. Policiais do Goe, do Grupo de Ações Táticas Especiais, do Choque, cadetes, policiais militares e o resgate do Corpo de Bombeiros e do Samu foram mobilizados.Segundo o capitão Otávio Ferreira da Polícia Militar (PM), a mulher foi feita refém quando chegou a casa do “ex” para receber cerca de R$ 800 referente à venda de uma geladeira. Ela teria sido chamada pelo porteiro, mas com medo de sofrer alguma ameaça, foi acompanhada do pai, Aprígio Alves. “Ele estava separado da mulher desde abril, mas mandou que ela viesse pegar o dinheiro com a mãe dele que mora na casa ao lado da dele. Quando a mulher chegou, ele viu que ela estava acompanhada do pai e chegou a perguntar por que ela tinha trazido o “segurança”. Em seguida, ele puxou a mulher para dentro de casa, o pai não quis deixar, sacou uma faca peixeira. O porteiro sacou um revólver, atirou três vezes contra sogro e arrastou a mulher para dentro de casa”, narrou o capitão. Os tiros não atingiram ninguém.O sargento José Carlos Félix da Polícia Militar, que estava de folga, estava no local quando ouviu os disparos. “Eu estava em uma oficina de carro quando ouvi os tiros e saí para ver o que tinha acontecido. Em frente de uma casa próxima, vi um homem armado de revólver, um outro com uma faca e uma mulher no meio deles”, disse o sargento. Segundo o capitão Otávio, o sargento ao ver a confusão, ainda efetuou um disparo para cima para chamar a atenção dos envolvidos. Damião ouviu o disparo, pegou a mulher e arrastou para dentro da casa dele e se trancou. Com a mulher mantida sob a mira de um revólver, policiais do GOE e do Gate deram início às negociações que duraram cerca de cinco horas. O delegado Wallber Virgolino, do Goe, e Edilson Araújo, titular da 9ª Delegacia Distrital de Mangabeira, comandaram as negociações. O chefe do porteiro, Carlos Ricardo de Abreu, esteve no local e contou para a imprensa que o rapaz estaria com medo de se entregar. Durante as negociações, a mãe de Damião chegou a passar mal e precisou ser atendida pelo Samu. Por volta das 13h, o porteiro Damião Targino, que é ex-agente penitenciário e que também trabalhava como monitor no Centro de Atenção ao Adolescente (CEA), aceitou se entregar. O porteiro e Maria Antônia saíram pela porta de frente da casa e foram direto para uma ambulância do Resgate. Os dois foram encaminhados para a Secretaria de Segurança onde foram ouvidos pelo delegado Wallber Virgolino. O porteiro responderá por cárcere privado e porte ilegal de armas. Outros crimes estão sendo apurados.
Fonte: Jornal da PB

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